COLUNA GASTRONÓMICA

ALETRIA (doce goês)

18 de Fevereiro de 2020

Sobre

Fafe, por trás do Tribunal da cidade, está uma estátua de duas toneladas de bronze. Dois homens e um pau de marmeleiro, simbolizando uma lenda que uma cidade fez sua. A justiça feita com o varapau, está relacionada com Fafe, assim como a Nazaré está para o surf.

Depois deste introito, vou voltar às minhas origens e reviver os dias frios e chuvosos, com o clarão dos relâmpagos a entrar pelas janelas, e eu, a pedir à minha saudosa mãe para fazer doce aletria.

Este doce, é de origem goesa, embora os indianos tenham uma parecida, e não sei se a “nossa” é de inspiração alentejana ou minhota. Esta … a nossa, era feita na altura do Natal, tal como a do Minho, mas não leva leite ou gemas!

ALETRIA (doce goês)

8 meadas desfeitas de aletria

2 colheres de manteiga

1 chávena de água quente

3 colheres das de sopa de corintos (opcional)

3 colheres das de sopa de amêndoas palitadas alouradas (passadas pela frigideira quente, sem gordura)

¾ de chávena de açúcar amarelo

1 pau de canela

1 colher de café de cardamomo em pó

Leve um tacho de boca larga a fogo médio. Derreta a manteiga e deite as meadas de aletria previamente desfeitas. Deixe dourar na manteiga, mexendo sempre, de baixo para cima, para ficarem uniformes e não deixar queimar.

De seguida, acrescente o pau de canela, a água quente e deixe cozer a aletria em lume brando, acrescentando aos poucos, mais água até a aletria ficar sem “coração”, mas húmida.

Junte os restantes ingredientes, misture bem, tape o tacho e desligue o lume. Sirva morno, ou frio, acompanhado com o tal Porto, ou com o chá

Nota: A canela e o cardamomo, são conhecidos como “aquecedores da alma”, e tem outros atributos benéficos para a saúde de atletas muito competitivos, como é o caso particular dos da pesca de rio, do tiro e ainda dos praticantes de bilhar.

Cordiais saudações desportivas e votos de Festas Felizes!

Gomes Pinto

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