Uma Incursão pela Polónia, países Bálticos e Helsínquia
25 de Junho de 2018
Sobre
Perguntarão alguns como é possível, com eficiência turística e cultural, uma visita a 5 países num período tão curto. É - e foi - possível pela inteligente seleção dos pontos mais interessantes, visitados numa rigorosa base logística. Quem procurava pontos específicos para uma eventual futura revisita de aprofundamento, não ficou seguramente defraudado. Quem se quedava pelo turismo lúdico e cultural, sem pontos de imersão de especialidade, sentiu-se naturalmente realizado. Efetivamente, foi convencimento generalizado que, em termos globais, a viagem foi muito interessante.
Com efeito, nas cidades e locais constantes do roteiro da viagem foram visitados, e devidamente explicados por guias locais num português quase fluente, todos os pontos programados. De Varsóvia a Helsínquia ficámos mais enriquecidos porque tomámos consciência de mágoas e alegrias nacionais, de dependências e da reconquista de independência recorrentes em séculos. Em Varsóvia rendemo-nos ao belo, à serenidade e à paz dos jardins onde se evoca Chopin. Em Treblinka fomos confrontados com o hediondo extermínio de quase 1 milhão de seres humanos, ali memorizado sob várias formas.
Nas 3 Repúblicas bálticas - cada uma com suas especificidades - admirámos em vários núcleos museológicos a sua assunção de humildes origens tribais contraposta a uma atual dinâmica de modernidade e a sua orgulhosa História no esforço da preservação de uma identidade nacional. Constatámos a sua religiosidade dividida, na esmagadora maioria, em diferentes expressões cristãs, com forte diferenciação derivada da influência ocupante ao longo de séculos: a Lituânia largamente católica, a Letónia repartida por Luteranos, Cristãos Ortodoxos e Católicos e a Estónia maioritariamente luterana. As visitas a templos e lugares de todas estas confissões permitiu que os "nossos" turistas tivessem a noção da praxis e, com a devida explicação, de como esta, na ausência de soberania, foi muitas vezes elemento de resistência política.
A profusão e diversidade, no tipo, estilo e época, do que foi visitado e admirado, desde o museu do âmbar a castelos medievos e palácios oitocentistas, passando pela observação do riquíssimo conjunto de prédios art nouveau de Riga, torna-se-nos impraticável uma referência exaustiva sobre tudo o que vimos, admirámos e aprendemos nas 3 repúblicas. Por ser único, realçamos apenas o repousante passeio de barco no aprazível lago de Trakai, na Lituânia.
A fechar o programa, atravessámos num moderno ferry o Golfo da Finlândia, rumo a Helsínquia. Num bem organizado circuito, visitámos os pontos mais interessantes da cidade. De entre estes, destacaram-se a igreja luterana "esculpida" na rocha e o monumento a Sibelius.
Hora de regresso, é hora de balanço. Podemos imparcialmente concluir que o programa foi excelente em termos turísticos e lúdicos e que o grupo beneficiou, para além disso, de excelentes hotéis, boas refeições e eficiente transfer. Há, ainda, honestamente, que enfatizar o excelente ambiente reinante em todo o grupo, cujo clímax foi bem patente na adesão coletiva à iniciativa da organização da viagem em parabenizar o aniversário natalício de uma companheira do grupo. Foi um momento bonito de confraternização mas, principalmente, foi a clara evidência de que, nas viagens do GDST, cremos, os participantes não são número anónimo, individualizado, são colegas respeitáveis e, como tal, respeitados.
Em voo direto regressámos a Lisboa, após uma noite "apertada" a que, para muitos de nós, o Portugal-Espanha dessa véspera ainda mais encurtou, mas com o sentimento associativo de programa concluído com a almejada satisfação.