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Viagens GDST - Grande Circuito Marroquino 20 a 27 abril 2019

14 de Maio de 2019

Sobre

Realizou-se com início no sábado, 20 de abril, a visita a Marrocos, país situado no norte de África no Magrebe, cuja origem remota ao século XI, com o controlo dos povos Berberes que dominaram não só Marrocos mas os reinos vizinhos e parte da península Ibérica até ao fim do século XII, em 1415 Portugal virou os olhos para África e começa a conquista de Ceuta e no século seguinte domina a maior parte do litoral Marroquino juntamente com Espanha.

Em 1904, na conferência de Algeciras a Inglaterra concedeu à França o domínio de Marrocos, em 1859 a Espanha anexou Marrocos, anexação que terminaria em 1912 quando o Sultão marroquino Moulay Abd Al-Hafid aceitou o estatuto de protetorado Francês.

A seguir à Segunda Guerra Mundial em 1955, a França concordou com a independência da sua colónia. Em 1957, Sidi Muhammad transformou Marrocos num reino, passando a usar o título de rei, monarquia que perdura até aos dias de hoje.

A economia deste país baseia-se na agricultura, exploração mineira, indústria transformadora e turismo. Neste momento o turismo constitui uma importante fonte de receitas que permite um grande desenvolvimento do país a nível comercial e industrial.

Iniciámos a nossa visita por Casablanca, a maior cidade de Marrocos, fundada em 1515 pelos Portugueses com o nome de Casa Branca, destruída em 1755 pelo terramoto, foi reconstruída pelo sultão de Marrocos em 1757. A cidade possui uma praça central, da qual irradiam diversas avenidas, versão francesa da arquitetura árabe-andaluza, edifícios brancos com linhas simples. Visitámos a maior mesquita de África, mesquita Hassan II, monumento imponente erguido em terrenos conquistados ao mar com a capacidade para 30.000 pessoas, símbolo da religião muçulmana.

Prosseguindo a nossa viagem seguimos para Rabat, capital do reino de Marrocos, outrora cidade romana, no século XII, foi a capital do império almorávida. É a morada do Rei com o seu Palácio Real, é também a sede do governo, dos ministérios e da administração central. Nela se encontra a maior universidade do país, a cor branca dos edifícios contrasta com inúmeros pátios floridos e jardins encantadores dentro dos edifícios. A tudo isto destacamos as extensas praias de areia dourada no Atlântico, as florestas de sobreiros da Mamora plantadas pelos portugueses; a torre Hassan com os seus 44 metros de altura junto ao mausoléu de Mohamed V, rei que levou Marrocos à independência.

De seguida rumámos a Meknes, cidade no norte de Marrocos, situada numa fértil planície ao norte do Atlas médio. A cidade está rodeada por uma fila tripla de muralhas que abriga o palácio do sultão e uma cidadela Almóadas. Ao norte, encontram-se as ruínas romanas de Volúbilis e a cidade santa de Moulay-idriss, fundada em 788 d.C.; a sua economia vive do turismo, produção industrial de transformação de frutas e legumes, óleo de palma, fundições de metal, destilarias, cimento e o artesanato (tapetes e lã).

Continuando a nossa viagem, visitámos a cidade de Fez, cidade onde está localizada a Universidade de Karueein, a mais antiga universidade do mundo criada em 859, a cidade foi fundada em 789 por Idriss II, foi o centro religioso e científico do mundo ocidental, onde cristãos e muçulmanos de toda a Europa vinham estudar. No domínio francês, Rabat foi escolhida como capital da nação.

De seguida rumámos a Erfoud, cidade próxima do deserto, dunas de Merzouga. Uma das raras zonas de dunas do Saara existentes em Marrocos. No trajeto pela estrada de Ziz, passámos pelo túnel de Fórum Zabel, escavado em 1928, pela Legião Estrangeira, prosseguimos por Beni Mellal, Tafilalet e pelas pitorescas gargantas do Ziz. Localizada num extenso oásis coberto de tamareiras, Erfoud é a maior cidade do Tafilalet, a região histórica de onde é originária a dinastia alauita que reina em Marrocos desde o século XVII. Foi uma importante cidade-guarnição onde estava estacionada uma unidade da Legião Estrangeira. Cidade que vive essencialmente dos turistas que ocorrem ao oásis de Rissani e ao Erg Chebbi, visitando os atrativos dos grandes palmeirais de tamareiras e as paisagens de hamada (deserto Rochoso). As principais atividades económicas da região, além do turismo, são a extração de um tipo raro de mármore negro com fósseis e a produção de tâmaras.

Visitámos Merzouga pequena cidade Bérbere no deserto do Saara, ponto de interesse pelas excursões em dromedários, circuitos 4X4 em Toyota nas dunas.

Eis-nos chegados a Ouarzazate, cidade situada na confluência da Cordilheira do Atlas com os Vales do Dadés e do Draa a uma altitude de 1.160 metros, o sul da cidade é o deserto, daí ser apelidada de porta do deserto, ponto estratégico por onde passavam as caravanas. Importante destino de férias e centro cinematográfico do país, com os seus grandes estúdios. Interessante todo o vale do DRAA e o povoado fortificado de Ait Benhaddou, Património Mundial Unesco.

Na parte final da nossa viagem seguimos para Marraquexe. Cidade imperial, antiga capital do reino de Marrocos, fundada pelos Almorávidas, situada no sopé da cordilheira do Alto Atlas, das cidades imperiais é a que atrai mais turistas. A cidade foi fundada em 1062 por Abu Becre ibne Omar; no século XII os Almorávidas construíram muitas madraças (escolas islâmicas) e mesquitas.

Marraquexe desenvolveu-se rapidamente e tornou-se um centro cultural, religioso e comercial para o Magrebe e a região subsariana de África. A praça Jemaa el-Fna é a mais movimentada e animada de África, tem uma parte antiga (medina), correspondente à cidade primitiva, cercada de muralhas, fortificada, com ruas pejadas de lojas e vendedores de rua, rodeada por bairros modernos, nomeadamente Gueliz, o mais elegante, situado ao centro. A medina de Marraquexe é Património Mundial desde 1985; Marraquexe tem o maior souk (mercado Tradicional) berbere, com os 18 souks especializados, onde se vendem os mais variados produtos, desde o artesanato que se destina principalmente aos turistas. Visitámos o Palácio Bahia, reconstruído pelo grão-vizir Ahemrd bem Mussa, reconstrução que demorou sete anos e envolveu centenas de artesãos de Fez nos trabalhos em madeira, estuque esculpido e zellige. Visitámos ainda o jardim Majorelle com uma vasta coleção de plantas de todos os continentes, que incluem catos, palmeiras e bambus. Visitámos também os Túmulos Saadianos, construídos no século XVI como um mausoléu para sepultar numerosos governantes saadianos e alguns artistas.

Além da cultura Marroquina, tivemos a oportunidade de provar a gastronomia, principalmente os pratos bastante condimentados, onde se incluíam as tagines de frango e vaca e de legumes, onde não faltavam as tradicionais azeitonas e o tradicional couscous.

Todos os participantes na viagem, num total de 34 pessoas, sócios e familiares ficaram bastante satisfeitos e agradados com a programação da viagem, sua execução e o apoio prestado pelo GDST.

Carlos Trindade

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